ASSOCIAÇÃO CLÍNICA FRATER
INFORMAÇÃO EM SAÚDE
DEZEMBRO DE 2017
ABUSO SEXUAL
(A VIOLÊNCIA COMO DOENÇA)
Existem quatro formas distintas de classificar o abuso sexual: pedofilia, estupro, assédio sexual e exploração sexual profissional.
Pedofilia - consiste num transtorno parafílico (alterações do comportamento sexual). O abusador usa fantasias e excitação sexual intensas com crianças pré-púberes.
O abuso acontece em todas as classes sociais, raças e níveis de educação.
A grande maioria dos abusadores são homens.
Existem quatro faixas etárias de abusadores: jovens até 18 anos de idade que aprendem sexo com as suas vítimas adultas de idades compreendidas entre os 35 e os 45 anos, que abusam de seus filhos dos amigos ou vizinhos, ou aqueles que não importa a idade, ou seja, aqueles que sempre foram abusadores durante toda a vida. O sexo mais praticado é o oro-genital.
Geralmente o abusador justifica os seus atos racionalizando que está a oferecer oportunidades à criança de se desenvolver na atividade sexual e que é uma forma de tornar especial e saudável.
Quando a situação ocorre no seio familiar o processo é bastante complicado. Normalmente a criança é internada para proteção, tratamento psíquico e por vezes por agressões físicas. A família divide-se entre os dois elementos obrigando um tratamento mais intensivo (crise). Como o abuso de menores é considerado crime, o tratamento do abusador torna-se mais difícil. As consequências emocionais para a criança são bastante graves. As crianças tornam-se inseguras, sentem-se culpadas e deprimidas. Na vida adulta têm problemas nos relacionamentos íntimos e sexuais.
Estupro – é a prática não consensual de sexo, imposto por violência. As mulheres são as vítimas mais atingidas. O estuprador é sempre homem e possui sentimentos de ódio em relação às mulheres. Pode apresentar desvios sexuais como sadismo, agressividade e por vezes anormalidades genéticas em relação à função sexual. A vítima fica estigmatizada para toda a vida. Por vezes fica com sentimentos de culpa. Receia represálias. Por vezes adquire fobias e stress que podem, eventualmente, conduzir ao suicídio.
Assédio sexual – consiste numa aproximação sexual não bem-vinda ou uma solicitação de favores sexuais. O abusador exerce pressão sobre a vítima para esta prestar algum favor sexual ou submeter-se de alguma forma por estar hierarquicamente dependente do abusador. Por vezes a pressão é tanta que a mulher é obrigada a abandonar o emprego.
Exploração sexual profissional – normalmente ocorre em todos os relacionamentos profissionais nos quais haja algum poder de um indivíduo sobre o outro. Exemplo: relação médico-paciente, advogado-paciente, professor-aluno, etc.
Em todas as situações de abuso sexual é fundamental acompanhamento psicológico e aplicação de Leis para proteção das vítimas.
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